terça-feira, 5 de abril de 2011

RJ - 05.04.11



...falei por telefone com a mamãe, disse que precisava conversar urgente, que queria me encontrar com ela em 10 min'. Quando nos encontramos, falei que não aguentava mais, que precisava mais do que tudo "vê-la"... ela me disse que seria bem melhor que eu não a visse... que ela já havia se acostumado sem mim... que esse encontro só machucaria nossos corações. Insistir! Disse que respeitava sua opinião de mãe, que sabia que ela queria o melhor pra ela e pra mim, mas que eu precisava muito ver minha filha, e que queria arriscar! Então fomos de carro até a minha antiga casa. Quando chegamos, parei na rua um instante, buscando coragem pra abrir aquele portão... buscando coragem para vê-la novamente... então entrei. Minha tia me recebeu na porta, normal, como se nada tivesse acontecido, como se minha presença naquele lugar fosse perfeitamente natural. Entrei. Perguntei por ela, e minha tia disse : - atrás de você. Respirei fundo e virei. Quando à vi, por um momento fiquei sem ar, senti o chão ceder, a vista ficou embassada, então olhei novamente... mas foi incrível, ela tinha 1 ano de idade... o cabelinho ainda era ralo... sorrizinho aberto e cheio de dentinhos... então percebi que isso não poderia ser real... pisquei! E tudo voltou ao normal, para o seu tempo certo. Ela estava com seus 2 anos de idade, no colo da minha mãe. Vestia uma blusinha de algodão e jeans. Soltei o ar e abri os braços, falei: - vem com a mamãe filha?!. Por um breve momento ela receiou... mas veio. Então senti seu peso... e como foi bom! Com ela nos braços entrei na casa e procurei meu antigo quarto. E ele estava lá, exatamente como eu havia deixado. Coloquei-a no chão para poder olhá-la melhor... para descobrir cada detalhe novo de seu crescimento, que eu havia perdido ao longo do tempo. E ela ficou lá, parada, com aquele jeitinho meio sem graça, como no tempo em que ela dizia: - sai Guido, sai! Então não resistir, dei um grande abraço! E como descrever esse momento? ...eu senti o seu corpinho delicado, tão frágil e indefeso... senti o cheirinho doce do seu perfuminho de neném... senti seu cabelinho cheio de cachos... senti seu coraçãozinho palpitando forte... E ela me abraçou também, entrelaçando seus bracinhos entre meu pescoço. Nesse momento não aguentei!! Falei o quanto a amava e estava com saudades... e ela disse: - também te amo mãe! E fez carinho nos meus cabelos... foi mágico... um momento inesquecível...

    Então acordei!


    Estava de volta naquele quarto... deitada de bruço, abraçando forte um travesseiro...


   Chorei...









Te amo filha...

4 comentários:

  1. ai amiga assim tu me mata.. cair em lagrimas aqui... saudads xuxu.. fica firme tudo tem um proposito... pra algo bem maior... bjs te cudia e tudo d bom.. te amOoo

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  2. Obg amiga! Estou tentando.. Deus é comigo! Saudades enooormes de todos vcs!! Amo mto mto vc ;D

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  3. ai ai ,me matas desse jeito... Mas o que a Jennefer disse é verdade, tudo tem um proposito... O Senhor sempre esta com você,creia,busque.... Te amamos prima.Bjos
    Hannah Façanha

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  4. Um depoimento emocionante.
    Obrigada por teu carinho em meu blog.
    Fique bem
    Um beijo

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